Estamos vivendo no deserto do Saara
Vocês já devem ter visto nos noticiários da TV que a umidade relativa do ar está muito baixa no Brasil, não é? Põe baixa nisso. Agora mesmo, às 15h20, o heliógrafo instalado na Estação Hidrometeorológica da Fatec registrou umidade relativa de 16% aqui em Jaú. É o recorde no ano. Estamos em estado de alerta, perto do alerta máximo.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que seja declarado estado de atenção quando o índice fica abaixo de 30%. Entre 20% e 12%, o estado é de alerta; e abaixo de 12%, o estado é de alerta máximo. Para se ter uma ideia de quanto o tempo está seco, a umidade relativa do ar no deserto do Saara varia entre 15 e 10%, índice registrado em Brasília ontem, igualando marca de 2004.
A umidade relativa do ar que estamos respirando hoje é a segunda marca mais baixa já registrada pela estação da Fatec, que começou a fazer medições em 2009. Em agosto daquele ano também foi registrado o mesmo índice de hoje. O recorde absoluto de Jaú é de setembro do ano passado, quando a mínima da umidade relativa do ar chegou a 11%.
O pior é que para os próximos dias a situação não deve mudar. Veja na ilustração abaixo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia para amanhã. Bem complicado também.
O que fazer? – Bom, todo mundo já ouviu dizer o que fazer – e o que não fazer – quando a situação está complicada como agora. Mas não custa lembrar, né? É importante umidificar o ambiente onde você está, especialmente à noite. Basta deixar uma toalha de rosto molhada no quarto. Ajuda de verdade. Evitar andar no sol e nada de exercícios físicos das 10 às 16 horas. Por falar nisso: será que o pessoal da Educação está atento e suspendeu as aulas de Educação Física por aqui?
Também é altamente recomendável beber muito, muito líquido. Inclusive uma cervejinha depois que o sol se puser. Como já bebi litros de água hoje não pretendo deixar a peteca cair.