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A folga acabou. “Chega mais perto”.

Amigos.

Pela primeira vez desde que foi lançado o blog ficou três dias sem ser atualizado. O motivo? Na verdade são dois. O primeiro, uma viagem a São Paulo para assistir o casamento da Gi e Guilherme, sobrinhos.

O segundo: minha primeira folga. Durante quase seis meses (o blog entrou no ar pra valer em março) não deixei de atualizá-lo aos sábados, domingos e feriados, incluindo aí carnaval e Semana Santa. Então, aproveitei a viagem, e as condições complicadas para encontrar assuntos interessantes para vocês estando longe de casa, e tirei três dias de folga.

A partir de hoje, retomaremos a rotina. Todo dia você vai encontrar novidades aqui. Como esta, aí em abaixo. É um vídeo de uma campanha contra o preconceito aos portadores de deficiência física e mental. O nome da campanha: “Precisamos disfarçar para ganhar um abraço? Chega mais perto”. Vejam que belo filme.

O Império contra-ataca

O jogo de xadrez que tem como cenário a efervescente crise política que se instalou em Jaú apresentou ontem mais um lance que merece uma análise profunda. Desta vez quem moveu a peça no tabuleiro foi o grupo do prefeito Oswaldo Franceschi, que propôs a abertura de mais uma comissão de inquérito, essa para remexer as prestações de contas dos três carnavais organizados nesta administração. A proposta, acatada pelos vereadores (apenas Zanatto não assinou) partiu do líder do prefeito, o vereador Paulo de Tarso.

Além de investigar possíveis irregularidades nas notas fiscais e recibos apresentados por blocos e escolas de samba, pessoal normalmente não muito atento às normas da contabilidade (lembro o quanto sofreram com isso as amigas Regina Rapisarda e Lucy Rossi, secretárias de Cultura nos governos Waldemar Bauab e João Sanzovo), a instalação da nova CEI pode ser interpretada como um contra-ataque da turma da situação. Tipo quem com CEI fere, com CEI será ferido.

O vereador Paulo de Tarso, PV, quer investigar o ex-secretário de Cultura André Galvão, PV, indicado, frito e substituído pelo prefeito Franceschi, PV. Se encontrarem alguma irregularidade, serão responsabilizados André Galvão, PV, e o prefeito, PV. Se estiver tudo correto, o PV sofrerá mais um enorme desgaste, talvez até maior que os gerados pelo desentendimento do ex-deputado José Paulo Tóffano, PV, com o prefeito, PV, e do presidente da Câmara, Magon, PV, ao assinar requerimento para investigar os atos secretos de Franceschi, PV.

A instalação da CEI do Carnaval pode trazer embutida no seu escopo técnico outros objetivos. Um, o de embaralhar a opinião pública e desviar o foco das investigações dos atos secretos e do contrato com a Consladel. Outro, o de tentar calar André Galvão, que desde sua saída do governo não poupa críticas a alguns setores da administração. De peito aberto, sempre de forma direta e destemida, o ex-secretário André tem causado enormes preocupações ao núcleo governista. Foi ele quem alertou a imprensa a respeito do processo de fritura por que estava passando o secretário de Meio Ambiente, Maurício Murgel, PV. Pouco depois Murgel pediu férias. Em entrevista ao Jornal Gente, declarou: “Querem me fritar? Podem vir”.

Enquanto os poderes Executivo e Legislativo abastecem seus canhões com mísseis para a guerra oficialmente declarada, a população continua pagando seus pecados. Buracos, sujeira nos quatro cantos da cidade, falta de água e as intermináveis denúncias de contratação de serviços a preços exorbitantes (a mais recente, o custo do site da prefeitura: 78 mil reais).

Na área da segurança pública, então, nem se fala. Vocês sabem quantos furtos de veículos aconteceram em Jaú no fim de semana? Dez furtos. Nossa polícia trabalha com efetivo muito menor do que o ideal. O mínimo esperado era alguma autoridade vir a público para dizer: gente, basta! Vamos lá no Palácio dos Bandeirantes exigir que o governador reforce o efetivo de nossa cidade. Alguém ouviu alguma manifestação a respeito? Eu não. Infelizmente.

 

Carnaval: ainda bem que acabou.

Gente. Confesso que não gosto mais de carnaval. Não tem notícia. Nada que interesse. Ainda bem que acabou.

Passei o dia inteiro ontem procurando alguma coisa legal para postar aqui. Nada, só carnaval, acidentes… Muito chato.

A melhor coisa que encontrei foi um post no Twitter do José Serra, de madrugada, que no mínimo considero infeliz.

Sério que vai ter filme sobre a Marina Silva? Quem vai fazer a Marina? A Debora Secco também?

Política: a semana em que a cuíca roncou.

Bem antes dos surdos e tamborins anunciarem a chegada do carnaval, foi a cuíca quem roncou – e roncou grosso – nesta semana que está terminando em Jaú. De segunda-feira até agora, uma sucessão de acontecimentos fragilizou ainda mais a tumultuada administração do prefeito Oswaldo Franceschi (foto ao lado), que hoje decidiu ir até o estúdio da Rádio Jauense e dar uma longa entrevista, na tentativa de levantar o moral de sua tropa.

Denúncias, substituição de secretário, acusações, falta d’água, cardápio completo. O prefeito disse que essa história de atos secretos é barulho da oposição. Que são atos administrativos. Com todo respeito, discordo. Segundo levantamento do “Comércio”, esses decretos somam R$ 133 milhões em movimentações financeiras. Isso deveria vir a público na semana em que esses decretos foram assinados e não só agora,  em questionáveis edições “B, C e D” do “Jornal Oficial do Município”.

Terminada a entrevista do prefeito na Jauense começou a entrevista do ex-secretário André Galvão de França na Tropical FM, no programa do ex-candidato a prefeito e a deputado estadual pelo PT, Rafael Agostini.

André (que na foto à esquerda aparece ao lado de sua substituta, Jaci Tóffano) não só manteve tudo o que havia dito nas entrevistas que havia dado na segunda-feira, dia em que limpou as gavetas, como foi mais longe. Comparou a família do prefeito à família Sarney. Disse que o secretário de Finanças, Eduardo, não tem espírito público à frente da Secretaria de Finanças. Contou que a primeira-dama faz constantes ingerências em outras secretarias e que o prefeito é ansioso, desorganizado e que não tem perfil para comandar a prefeitura.

Sobre a falta d’água o prefeito Franceschi disse que o problema é antigo, que precisa embasamento legal para quebrar o contrato com a Sanej, que vai mandar perfurar poços profundos e que ajudou, pessoalmente, as vítimas das enchentes nos bairros mais afetados. E culpou o excesso de chuva. Acho que não acalmou as 40 mil pessoas que ficaram parte da semana sem água.

O problema do prefeito é que ele é muito pouco didático nas suas entrevistas. Ao comentar sobre as realizações de sua administração, cita uma série de feitos como se fosse uma ladainha decorada, mistura saúde com educação: trânsito com asfalto, pede para que os jauenses comemorem o carnaval com moderação e termina abençoando os ouvintes, como se fosse um religioso. Assim fica difícil entender seus argumentos.

Sobre a Comissão Especial de Inquérito que está por uma assinatura para se tornar realidade na Câmara (Fernando Frederico, Kakai e Dr. Segura já assinaram, falta apenas mais um), Oswaldo Franceschi disse que não tem nada a esconder e emendou textualmente o seguinte: “Podem fazer o que quiserem”. Com a palavra, nossos bravos vereadores.