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As lambanças na madrugada na luta por um “furo”

Todo mundo deve saber que dar um “furo”, na linguagem jornalística, é ser o primeiro a dar uma notícia, não é?

Pois bem. Mas na ânsia de dar furos, têm acontecido, principalmente nas madrugadas, lambanças atrás de lambanças. Dois dias atrás, os protagonistas do “furo n’água” foram nada mais nada menos que o portal UOL e o centenário jornal Diário de Pernambuco. Em relação ao UOL é só olhar a foto, não tem o que explicar. Primeiro disseram que a doença de Hugo Chavez era séria. Depois, anularam o alerta, dizendo que a notícia não tinha sido confirmada. Pode?

Já a bola fora do Diário de Pernambuco sim. O Diário publicou em sua edição online que teria sido confirmado que o pai do governador daquele estado era um conhecidíssimo compositor e cantor brasileiro que teria tido, no passado, um caso com a mãe do governador, hoje deputada federal. Embora essa fofoca há tempos tenha sido espalhada por lá, ninguém tem como provar e, por essa razão, ficou à boca pequena. Até que algum foca resolveu tornar pública a fofoca. Foi uma correria. Ameaçado de processo, o Diário de Pernambuco não só tirou do ar a notícia como teve que se retratar.

Mais uma nuvem carregada sobre o céu da nossa prefeitura

Parece perseguição. Juro que não é. Mas não tem como passar batido, né gente? Entra semana, sai semana, aparece uma denúncia envolvendo a prefeitura de Jaú. Coisa séria. Muito séria. E o alvo é sempre o mesmo: a secretaria de Economia e Finanças, responsável pelos editais de licitações.

Nas primeiras vezes que os editais foram contestados, reprovados pelo Tribunal de Contas, a gente relevou. Dois anos e quatro meses atrás o pessoal estava assumindo, não tinha prática, normal. Mas esse pessoal já passou da metade do mandato e ainda não aprendeu? O que está acontecendo? Dificuldade de entender como isso deve ser feito? Falta de competência na redação? Excesso de Control C e Control V (copiar e colar o que foi feito em outras prefeituras)?

Nesse caso das lousas, dois vereadores, Fernando Frederico e Kakai, lançaram suspeitas sobre a licitação para a aquisição do material pela Prefeitura. Disseram que nosso edital tem as mesmas palavras, na mesma ordem, do edital publicado pela prefeitura de Araraquara, que também comprou lousas digitais a R$ 32.500,00 cada.

Lá já deu rolo. O Ministério Público propôs ação civil pública para apurar a aquisição. Uma vereadora pesquisou preços de lousas digitais junto à empresas que as fornecem para escolas particulares e encontrou o mesmo produto por até R$ 5 mil. Sei lá se isso é verdade, não sei que marca a prefeitura de Jaú comprou, por isso não dá para pesquisar.

O mais grave porém é, aparentemente, a falta de visão desse pessoal. Veja bem: para o sistema funcionar, é preciso de, no mínimo, dois aparelhos. Uma lousa e um notebook. Como alguém pode comprar 147 lousas digitais, ao preço unitário entre R$ 30.150,00 e R$ 33.200,00, gastando R$ 4.737.040,00, quase cinco milhões de reais, e não comprar um único notebook para fazer o sistema funcionar? Dá para entender? Não era melhor comprar o sistema completo, mesmo que comprando um número menor de lousas, mas botar para funcionar? Tô errado?

Resumo da ópera: os vereadores prometem encaminhar o caso para o Ministério Público. E se em Araraquara já deu rolo, podem apostar que vai enrolar aqui também. Outra coisa, que precisa ser investigada: há fortes indícios de que algumas lousas não estão sendo conservadas em locais adequados. Não estou afirmando, mas relatando o que me chegou. Mais uma lambança a ser apurada.

Quem quiser saber os detalhes do rolo, é só acessar o site do repórter José Henrique Teixeira, o bravo Jaunews, o primeiro site de notícias de Jaú e região.

TV ao vivo tem dessas coisas…

Fazer TV ao vivo não é fácil. Vira e mexe acontece uma lambança. Não importa se a emissora é pequena, do interior, ou se é top de linha. Vamos começar a mostrar alguns deslizes para vocês. Essa aconteceu no Fantástico, em julho do ano passado.